segunda-feira, 28 de março de 2016

OUR NUTRITION GUIDES #3

Porque somos viciadas em açúcar?

O dia está a correr mal? Vamos beber um café ali na pastelaria para desanuviar, pedimos o café ao balcão e os benditos doces fazem-nos salivar, então achamos que o conforto pode estar mesmo ali à mão de semear.
A compulsão alimentar é difícil de conter. A razão e a culpa entram em conflito. Olhamos para aquele bolo e não resistimos: pedimos uma fatia. É só hoje. Mas no dia seguinte vamos ter de novo dificuldades em resistir à tentação. E todos os dias pensamos, é só hoje, acabamos por comer o doce, e naquele momento, realmente a sensação de prazer invade-nos!
Consumir açúcar faz-nos sentir bem. Quando o efeito passa, o que fazemos? Vamos em busca de outro doce! Nunca estamos realmente felizes, satisfeitas e pior: sentimos culpa!!! Mesmo assim, não conseguimos interromper esse ciclo... Falta de força de vontade? Disciplina?

Identificaram-se com esta primeira parte? Então vamos lá... “bora” perceber o que se passa na nossa máquina (digo corpo)... e aprender umas dicas para contornar este vício... que caso não saibam, assemelha-se ao vício de consumo de drogas! Ora isto é realmente um assunto sério merecedor de muita atenção!

Quando comemos alimentos que são feitos com uma grande quantidade de açúcar, uma enorme quantidade de dopamina (um neurotransmissor produzido no cérebro) é liberada provocando um grande sensação de prazer.

Quando comemos açúcar muitas vezes e em grandes quantidades, os receptores de dopamina começam a desregular, procurando por mais e mais prazer, fazendo com que tenhamos menos receptores de dopamina.
Isto significa que na próxima vez que comermos açúcar, o efeito de prazer é anulado. Vamos precisar de maior quantidade para atingir os mesmos níveis de recompensa no cérebro.
Quanto mais viciados em açúcar ficamos, mais tolerantes à dopamina ficamos também, pois para termos o mesmo nível de prazer, precisaremos de uma maior quantidade de dopamina, pois os receptores são menos eficientes.

Assustador não é?

E então? E agora?

Existem duas maneiras de contornar o problema, ou são radicais e fazem uma “cura” por abstinência, cortando radicalmente com todos os produtos que contêm açúcar refinado; ou vão retirando gradualmente o açúcar.

Não vou dizer que um método seja melhor que outro, pois para umas pessoas pode resultar melhor a abstinência e para outras, a abstinência poderá levar a uma crise de compulsão.

A minha dica para aqueles que não se identificam com o radicalismo é: experimentem substitutos do açúcar: stevia, agave, açúcar de cacau e de coco, tâmaras, etc.

Eu sou uma fã da utilização das tâmaras para substituir o açúcar em algumas receitas. As bolinhas de cacau são o meu último vício. Super fáceis de fazer e acreditem... ajuda mesmo naquelas alturas que precisamos de satisfazer o desejo.

Sabem aquela hora em que andamos de uma lado para o outro, vamos petiscando, mas nada nos satisfaz, porque na realidade queremos um doce, estas bolinhas são ouro! Comem uma ou duas e aquela sensação de saciedade é imediatamente atingida.

Vamos à receita?

Bolinhas de cacau, amêndoa, côco e tâmaras

1 chávena de tâmaras
1 chávena de côco
2 chávenas de amêndoas (com pele de preferência)
½ chávena de cacau em pó

Deixem as tâmaras a demolhar durante cerca de 1h30. Retirem o caroço.
Numa picadora (ou processador de alimentos tipo bimby) coloquem todos os ingredientes. Piquem bem até formar uma pasta moldável (se ficar muito seco, adicionem água).

Moldem bolinhas...  E está pronto a comer!


 Mónica Santo
Nutricionista


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